Criação Literária


CONSIDERAÇÕES SOBRE O AMOR

Produção coletiva da turma 1º D

A mesa chora sangue pelo seu amor,
a cadeira.
― Pois quem ama perdoa,
chorando sangue por amor.

(Estou tão apaixonado que já não vejo mais nada).

O elefante devora um passarinho,
muito embora o passarinho já tenha devorado o elefante
arrombado
e cagado.
Agora... o passarinho canta “Asa branca”.
O passarinho dança de assas brancas.

Todo mar tem peixe,
todo peixe tem escama...
Então é apenas isso o que os bichos chamam de amor?

E digo sempre:
“Ame quem te ama,
pois quem ama torce pela bola de futebol”.
O giro,
a rota,
o destino,
o cão que chora enquanto o gato ri.

E quem tiver raiva de mim
(a quem não posso vingar)
pegue o transporte do diabo
e vá embora para o inferno. 



ANTOLOGIA POÉTICA

Observação: Os poemas listados abaixo são resultantes das aulas de produção textual, quando os alunos criaram escrituras usando as figuras de linguagem aprendidas em sala.



Poema Negro
Thalis Ramon

O nascimento após a morte
é uma alegria contrariada.

No velório, todos buscam o silêncio
para que o morto durma...
O caixão não pára de olhar para o povo ali presente.

As aves todas comparecem ao velório.

Sei que a morte é o descanso eterno,
o nascimento da terra.
No claro da escuridão,
todos festejam para que os mortos durmam.


Lutar por Você
Caio Nobre

Eu vou lutar por você
sem desistir jamais,
pois você é a vida em mim –
o meu ponto de paz.

Vou olhar para o céu
e imaginar você aqui.
Então, entre as estrelas
irei ver o seu rosto

brilhante como a luz do sol.
Irei chorar lágrimas de amor
por saber que não estou só,
já que tenho você dentro de mim.


O Transparente Sentido do Amor
Lucas Nunes

Na degradação da alma,
nem todas as fantasias se realizam,
nem tudo faz sentido:

(o amor mesmo não faz sentido para os que não sabem amar).

Como águas que correm em sentido contrário,
como forças do vento do além,
o amor não se explica,
se sente.

É como procurar algo que não existe,
que vive eternamente sem explicação.


Poema
Álefe Pinheiro de Lima

O morto é uma flor que acabou de murchar.
Minha vida é um livro fechado,
olhos famintos.
Os morcegos choram e imploram pelo sangue humano...

Caixões se reúnem e vagam pela noite sombria.

No cemitério é fácil entrar durante o dia,
mas difícil sair quando a noite cai.
Ou você vive e não morre,
ou você morre e não vive.
No calor da noite sombria,
me dá calafrios entrar na cova sozinho.

Olhei para o lado
e vi que os mortos vivos andavam em minha direção.
Gritei um milhão de vezes para os mortos,
mas a menina estava sentada ao lado dos anjos.

Andei, corri, voei com medo dos monstros.
Linda menina... antes parece uma panela amassada.


Para um Amigo
Nara Kelly de Souza

Meus olhos viram tantas vezes
as mesmas coisas que os teus:
o mar
a rosa
as estrelas.

A beleza que se quebra entre o dia e a noite.

Nesse instante,
o amor vibrou meu coração no compasso do teu
e me fez te amar loucamente.


Ode ao Político
Ítalo Alves Pinheiro

O político é um bem maldoso.
Quem sempre sai perdendo são os eleitores.
Nesta época, até os animais
Pensam mais do que o povo.

Há políticos que usam bem a sua cabeça
(até demais).

Eles simplesmente agridem
Pessoas de outro partido.

Um comentário:

  1. Para comentar essa matéria é só escolher a opção "Nome/URL", colocar seu nome no local indicado e postar o seu comentário. Depois, siga as dicas de segurança do BLOG e clique no link "Postar".
    Aguardamos a sua opinião.

    O moderador.

    ResponderExcluir